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sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Dessalinizador Solar Artesanal

Foi na passada sexta feira que, com muita dificuldade, construímos um dessalinizador solar artesanal. Depois de concluída a montagem esperávamos os melhores resultados…

Na imagem seguinte podes ver alguns materiais utilizados:
  - Suportes Universais;
  - Tina de Vidro;
  - Gobelés;
  - Funis;
  - 2 Placas de Vidro;
  - Película Aderente.


Infelizmente, passou uma semana e não foram obtidos quaisquer resultados. Há vários factores que afectam o nosso dessalinizador; o que mais afecta é, como deves saber, a meteorologia: o facto de ser Inverno as temperaturas não são as mais propícias para fazer com que haja evaporação da nossa água e consequentemente condensação.


Já que não íamos obter os resultados esperados rapidamente, testámos a nossa montagem. Deste modo, aquecemos a água, desta vez da torneira, com uma manta de aquecimento. Como a água aquece em poucos minutos, a evaporação e a condensação torna-se um processo muito rápido, e foi desta forma que provámos que o dessalinizador funciona!


Acabámos por voltar a deixar o dessalinizador como primeiramente disposto, com intenção de esperar mais uns tempos e ver os resultados.



Contudo, estamos preocupados com o rumo do nosso projecto. Visto que não vamos obter uma conclusão muito objectiva, estamos a tentar arranjar algumas alternativas, como tentar realizar um dessalinizador solar “ideal” em 3D com a ajuda de um programa.


sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Carta Europeia da Água

Sabes o que é a Carta Europeia da Água?  Ora lê !

I. Não há vida sem água. A água é um bem precioso, indispensável a todas as actividades humanas.


A água cai da atmosfera, na terra, onde chega principalmente na forma de chuva ou de neve. Ribeiros, rios, lagos, glaciares são grandes vias de escoamento para os oceanos. No seu percurso, a água é retida pelo solo, pela vegetação e pelos animais. Volta à atmosfera principalmente pela evaporação e pela transpiração vegetal. A água é para o homem, para os animais e para as plantas um elemento de primeira necessidade. Efectivamente, a água constitui dois terços do peso do homem e até nove décimos do peso dos vegetais.

É indispensável ao homem como bebida e como alimento, para a sua higiene e como fonte de energia, matéria-prima de produção, via de transporte e suporte das actividades recreativas que a vida moderna exige cada vez mais.


II. Os recursos de águas doces não são inesgotáveis. É indispensável preservá-los, administrá-los e, se possível, aumentá-los.


Em consequência da explosão demográfica e do acréscimo rápido das necessidades da agricultura e da indústria moderna, os recursos de água são objecto de uma solicitação crescente. Não se conseguirá satisfazê-la nem elevar os padrões de vida, sa cada um de nós não aprender a considerar a água como um género precioso que deve ser preservado e utilizado racionalmente.


III. Alterar a qualidade da Água é prejudicar a vida do homem e dos outros seres vivos que dependem dela.

A água na natureza é um meio vivo, portador de organismos benéficos que contribuem para manter a sua qualidade. Poluindo a água corre-se o risco de destruir esses organismos, desorganizar assim o processo de auto-depuração e, eventualmente, modificar de forma desfavorável e irreversível o ambiente vivo.


As águas de superfície e as águas subterrâneas devem ser preservadas contra a poluição.
Todo e qualquer decréscimo importante da quantidade ou da qualidade de uma água corrente ou estagnada pode ser nocivo para o homem e para os outros seres vivos.


IV. A qualidade da água deve ser mantida a níveis adaptados à utilização para que está prevista e deve, designadamente, satisfazer as exigências da saúde pública.

Essas normas de qualidade podem variar conforme os tipos de utilização, tais como alimentação, necessidades domésticas, agrícolas e industriais, pesca e actividades recreativas. Todavia, sendo a vida, na sua infinita diversidade, tributária das qualidades múltiplas das águas, deverão ser tomadas disposições para lhes assegurar a conservação das suas propriedades naturais.



V. Quando a água, depois de utilizada, volta ao meio natura, não deve comprometer as utilizações ulteriores que dela se farão, quer públicas quer privadas.

A poluição é uma alteração, geralmente provocada pelo homem, da qualidade da água, que a torna imprópria ou perigosa para o consumo humano, para a indústria, agricultura, pesca e actividades recreativas, para os animais domésticos e para a vida selvagem.


O lançamento de resíduos ou de águas utilizadas que provoquem poluições de ordem física, química, orgânica, térmica ou radioactiva não deve pôr em perigo a saúde pública e deve ter em conta a aptidão das águas para assimilar (por diluição ou auto-depuração) os resíduos lançados. Os aspectos sociais e económicos dos métodos de tratamento das águas revestem grande importância.


VI. A manutenção de uma cobertura vegetal adequada, de preferência florestal, é essencial para a conservação dos recursos de água.

É necessário manter a cobertura vegetal, de preferência florestal, e sempre que essa cobertura desapareça deve ser reconstituída o mais rapidamente possível.


Salvaguardar a floresta é um factor de grande importância para a estabilização das bacias de drenagem e do respectivo regime hidrológico. As florestas são, de resto, úteis não só pelo seu valor económico mas também como lugares de recreio.


VII. Os recursos aquíferos devem ser inventariados.

A água doce utilizável representa menos de um por cento da quantidade de água do nosso planeta e está repartida muito desigualmente.


É indispensável conhecer os recursos de águas superficiais e subterrâneas, tendo em conta o ciclo da água, a sua qualidade e a sua utilização.
Entende-se por inventário a prospecção e a avaliação quantitativa dos recursos aquíferos.


VIII. A boa gestão da água deve ser objecto de um plano promulgado pelas autoridades competentes.

A água é um recurso precioso que necessita de uma gestão racional segundo um plano que concilie ao mesmo tempo as necessidades a curto e a longo prazos.


Impõe-se, pois, uma verdadeira política no domínio dos recursos de água, que implica numerosos ordenamentos com vista à sua conservação, regularização e distribuição. Além disso, a conservação da qualidade e da quantidade da água exige o desenvolvimento e aperfeiçoamento das técnicas de utilização, de reciclagem e de depuração.


IX. A salvaguarda da água implica um esforço crescente de investigação, de formação de especialistas e de informação pública.

A investigação sobre a água, e especialmente sobre a água já utilizada, deve ser encorajada ao máximo. Os meios de informação devem ser ampliados e as trocas internacionais facilitadas, ao mesmo tempo que se impõe uma formação técnica e biológica de pessoal qualificado para as diferentes disciplinas que interessam.



X. A água é um património comum, cujo valor deve ser reconhecido por todos.

Cada indivíduo é um consumidor e um utilizador da água. Como tal, é responsável perante os outros. Utilizar a água inconsideradamente é abusar do património natural.



XI. A gestão dos recursos de água deve inscrever-se no quadro da bacia natural, de preferência a ser inserida no das fronteiras administrativas e políticas.

As águas que correm à superfície seguem os maiores declives e convergem para formar cursos de água. Um rio com os seus afluentes pode comparar-se a uma árvore extremamente ramificada que serve um território chamado bacia.


Deve ter-se em conta o facto de que, nos limites duma bacia, todas as utilizações das águas de superfície e das águas profundas são interdependentes e que, portanto, é desejável que também o seja a sua gestão.


XII. A água não tem fronteiras. É o recurso comum que necessita de uma cooperação internacional.


Os problemas internacionais que as utilizações da água podem suscitar devem ser resolvidos de comum acordo entre os Estados, com o fim de salvaguardar a água, tanto em qualidade como em quantidade.


Carta proclamada pelo Conselho da Europa - Estrasburgo, 6 de Maio de 1968






sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Modificações no Projecto

O projecto vai ter algumas modificações em alguns meios como se vai realizar, no entanto, o objectivo principal mantém-se.


Uma das coisas que já não se vai realizar é mandar a água para a análise. Como a água dessalinizada tem como fim a utilização doméstica (regas, canalização,…), basta analisar apenas um parâmetro, a condutividade, aplicando a Lei das Proporções Constantes: "A proporção, em massa, dos elementos que participam da composição de uma substância é sempre constante e independente do processo químico pelo qual a substância é obtida."

A visita à SMAS Leiria também já não será ser realizada.

Contudo, a próxima tarefa a realizar será dessalinizar água por meio de energia solar. Para teres uma ideia de como iremos fazer, observa a seguinte imagem:


Em Portugal, caso se venha a usar em grande escala a dessalinização, pode ser por meio da energia solar. Assim, com esta nova experiência que iremos realizar, pretendemos analisar os resultados obtidos e projectá-los a grande escala. Deste modo, esperamos conseguir responder à nossa principal questão: Será possível sustentar uma comunidade com o processo de dessalinização?